A Nova Face da Educação

A Nova Face da Educação
Por muitos caminhos diferentes e de múltiplos modos cheguei eu à minha verdade; não por uma única escada subi até a altura onde meus olhos percorrem o mundo. E nunca gostei de perguntar por caminhos, - isso, ao meu ver, sempre repugna! Preferiria perguntar e submeter à prova os próprios caminhos. Um ensaiar e perguntar foi todo o meu caminhar – e, na verdade, também tem-se de aprender a responder a tal pergunta! Este é o meu gosto, do qual já não me envergonho nem escondo. “Este – é meu caminho, - onde está o vosso?”, assim respondia eu aos que me perguntaram “pelo caminho”. O caminho, na verdade, não existe! Zaratustra

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Importância Pedagógica das Planilhas Eletrônicas

Queremos iniciar este reconhecimento do papel pedagógico das planilhas eletrônicas destacando a importância estratégica do trabalho de tratamento da informação. A coleta, organização, análise e síntese dos dados, bem como sua comunicação utilizando tabelas, gráficos e outras representações permite melhor ler a realidade e isso promove a construção de uma consciência crítica e cidadã (SKOVOSMOSE, 2001). O uso das planilhas pode viabilizar atividades envolvendo um maior número de dados e informações, o que confere mais seriedade e significação política aos trabalhos escolares. As atividades escolares podem deixar de ser de "mentirinha", problemas inventados que são simplificados para que sejam exequíveis. As atividades escolares podem tornar-se análises de aspectos reais da vida dos alunos, mesmo que estes redundem em muitos dados, uma vez que, agora, com as planilhas, ficou mais simples tratá-los.


Uma turma de alunos que junto com seu professor resolva construir uma planilha do custo financeiro da manutenção de uma escola, analisando vários tipos de relações entre variáveis para pensar em como aperfeiçoar estes custos; ou, uma escola que esteja monitorando dados ano a ano sobre as condições da água de um riacho próximo, e que depois resolva publicar um jornal a respeito para o bairro; ou uma turma de Ensino Médio que decida fazer uma análise do perfil do consumo energético do seu estado, projetando este consumo a partir do crescimento populacional esperado, de modo a investigar se a planta de produção energética é sustentável. Esses são exemplos de projetos e de atividades que se tornam muito mais facilmente exequíveis, a partir do uso dos aplicativos para tratamento da informação.

Notem que os exemplos citados podem envolver o estudo de várias disciplinas. Na matemática, o uso destes aplicativos é de grande auxílio no estudo das funções. A partir da facilidade para estabelecer relações entre suas linhas e colunas, os alunos podem chegar à modelagem de funções que expliquem o comportamento dos dados e das relações entre as variáveis. Desse modo, as planilhas favorecem a realização de atividades de
construção de modelos matemáticos. Elas são também de grande ajuda para a promoção da competência algébrica.

Contudo, há que se pensar um pouco sobre os abusos no uso destas ferramentas. Façamos um paralelo a respeito do seu uso com o das calculadoras na escola. É muito comum ouvirmos até nos dias de hoje que precisamos ter cuidado ao usar a calculadora, senão os alunos não desenvolverão a capacidade de fazer contas. Bem, podemos usar o mesmo argumento em relação às planilhas, podemos dizer que se abusarmos do seu uso os alunos perderão as habilidades de operar algebricamente.

Concordamos com estas afirmações? Voltemos ao caso da calculadora. Nos quatro anos iniciais do ensino fundamental, uma parte significante do trabalho com a disciplina de matemática é destinada ao aprendizado das quatro operações elementares, com destaque para a operação de divisão, bastante complexa para uma criança. Então não fará mesmo nenhum sentido pedir às crianças que façam aqueles exercícios de resolver muitas continhas de divisão com a calculadora, pois assim não irão ganhar proficiência na realização destas contas.

Contudo, após as crianças terem já conseguido esta proficiência, não faz sentido proibi-las de usar uma calculadora para operar com grandes números na resolução de um problema complexo, até porque a possibilidade de usar a calculadora permite abordar problemas mais complexos, uma vez que ficamos livres das dificuldades do cálculo. Podemos mesmo abordar uma nova categoria de problemas, aquela que exige estratégias mais exploratórias e intuitivas.

Outro aspecto importante está no fato de que o não uso da calculadora não é condição suficientes para que desenvolvamos boas estratégias de cálculo mental. O desenvolvimento de boas estratégias de cálculo mental é fortemente dependente da compreensão que se atinge sobre os princípios de organização do nosso sistema numérico decimal e das propriedades das operações. Se não cuidamos destes aspectos, muitas crianças realizam as operações de forma mecânica sem compreender o porquê daqueles procedimentos (vai um, empresta um, etc.) e sem desenvolver estratégias mais sofisticadas de cálculo mental. Na verdade, deveríamos e poderíamos usar a calculadora para promover esta compreensão, há muitos exemplos de atividades deste tipo nos bons livros didáticos.

Então, do mesmo modo, o uso das planilhas de cálculo deve suceder às habilidades de operar e resolver problemas similares com um número menor de dados. Não faz sentido, por exemplo, ensinar as crianças a contruírem gráficos na planilha de cálculo antes de terem feito muitos gráficos a mão, com régua, papel quadriculado e caneta colorida.

Fonte: Módulo do Curso Proinfo Integrado
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL
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Por que e como devemos usar apresentações de slides na escola?

O uso das apresentações de slides é muito frequente no mundo corporativo e também nas universidades e escolas privadas. A razão disso é simples, estas organizações têm acesso aos recursos necessários: o computador, o projetor multimídia, as telas de projeção. Mas em alguns casos o uso se transformou em abuso. Pelo excesso mesmo! Alguns professores nunca mais chegam perto de um quadro de giz. Vamos analisar por que isto não é muito recomendável.

Há argumentos bem forte contra este abuso. No Blog "Café Filosófico", ligado a Universidade de Évora, o professor Renato Martins publicou um post onde afirma que assistir a aulas com este tipo de apresentação pode promover uma atitude preguiçosa e descompromissada dos estudantes. É verdade, porque nessas aulas, em geral, os estudantes não precisam tomar nota de nada e nem há tempo para isso. Os slides são passados muito rapidamente. Os alunos assumem uma atitude passiva, como expectadores apenas. Nas palavras do professor Martins, “embora sempre tenha havido alunos com um interesse secundário na sabedoria, a tecnologia potencia ainda mais os conhecimentos falsos e a ignorância escondida. A questão da cidadania e a noção de pensamento crítico e autônomo vão-se perdendo, dando lugar a um analfabetismo funcional, uma série de macacos cibernéticos que sabem funcionar, mas não se interrogam bem porque o fazem” (MARTINS, 2008).

Como dissemos, o argumento é forte! Vamos tentar entender o que leva um professor universitário a se pronunciar de modo tão enfático. Analisemos o que diz outro professor que concorda que o risco acima existe: é o professor José Carlos Cintra, da USP de São Carlos. Ele argumenta que “com o uso da lousa, duas características são muito valiosas em termos didáticos. A primeira é o fato de o professor representar a figura central, e a lousa apenas um instrumento a seu serviço. A outra característica é que, na lousa, as informações aparecem passo a passo. Os desenhos, as equações, as definições etc., tudo é donstruído com o acompanhamento do aluno” (CINTRA, 2007).

Ele nos alerta que o uso inadequado dos slides (em número excessivo, poluídos de informação, com frequência exagerada) muda a dimensão tempo na relação do professor com aluno e deste com o conhecimento. Diz ainda o professor Cintra que “cada slide mostra todo o seu conteúdo de uma vez só. Esses slides autoexplicativos são projetados continuamente, sem interrupção, ofuscando o professor. Nessas condições, mesmo ótimos professores não conseguem dar boas aulas. Como refém da projeção, e sem chance de demonstrar o seu conhecimento e de cativar os alunos, o professor tem a sua atenção monopolizada pela tela de projeção e, por isso, geralmente se posiciona de costas para o seu público, tornando-se um mero coadjuvante” (CINTRA, 2007).

O professor Cintra recomenda que se você está usando os slides digitais como complemento da sua aula, então fuja dos slides autoexplicativos, pedindo que o foco volte a ser você, o professor, sendo os slides apenas um acessório. Outra recomendação é que não se privilegie a forma em detrimento do conteúdo. As possibilidades de recursos multimidiáticos acabam ofuscando a mensagem. É preciso cuidado!

Em artigo publicado na revista digital “Língua UOL”, a professora de língua portuguesa da Faculdade de Informática e Administração Paulista, Ana Cláudia Moreira, concorda com estes aspectos. “A gente acaba acostumando mal os alunos. Quando havia só giz e lousa, as crianças escreviam mais. Hoje, os alunos estão acomodados. O professor passa o PowerPoint e depois passa para os alunos o arquivo. Há uma cobrança deles pelo arquivo, e aí deixam de escrever e anotar” (MOREIRA apud MURANO, 2009).

E o professor da Universidade Positivo de Curitiba, Ricardo Macedo, no mesmo artigo mencionado acima, sintetiza: “É uma ferramenta que complementa a educação, como um quadro-negro, um retroprojetor ou um livro ao alcance de um bom educador. Mas um professor que baseia suas aulas só nessa ferramenta comete um grave erro. É como comer um só tipo de alimento, por mais que possa ser bom, não nutre por completo” (MACEDO apud MURANO, 2009).

Então, ficou claro! Precisamos ter cuidado ao usar esta ferramenta. Nas escolas públicas, em geral isto não é um problema, até porque nestas escolas os recursos tecnólógicos são escassos. Mas esperamos que isto mude no futuro, então é bom começar já a aprender com os erros dos outros, para não repeti-los, não é mesmo?

De todo modo, todos os autores citados concordam que, se bem utilizadas, as apresentações de slides digitais trazem a vantagem da agregação de imagens e sons criando um contexto muito mais envolvente do que apenas a fala do professor. E, trazem também a vantagem de destacar e dar ênfase aos pontos mais importantes de um conteúdo. Neste sentido, a professora Moreira destaca que o uso deste recurso estimula a capacidade de síntese, de concisão e de objetividade, o que promove uma “atenção redobrada ao padrão do idioma, já que o manejo atropelado da língua se torna, durante uma apresentação, algo que ‘salta aos olhos’.” (MOREIRA apud MURANO, 2009).

Mas esta capacidade de síntese, concisão etc. apenas surge para quem cria uma apresentação, não para quem a assiste. Então chegamos aqui a uma conclusão importante: os nossos alunos também devem ser autores das apresentações. É isso mesmo! Afinal, já sabíamos que numa escola participativa e dialógica, o discurso não é unilateral, a autoria e sistematização do conhecimento devem ser compartilhadas entre professores e estudantes.

O professor Sérgio Abranches, em entrevista dada à Agência Rio-Mídia, destaca como questão básica a importância dessa partilha na produção do conhecimento: “não estou falando aqui da socialização do conhecimento, algo muito importante. Falo do processo de produzir conhecimento; este deve ser partilhado, cooperado.” (ABRANCHES, 2008).

Ele nos orienta que precisamos atuar de modo a não permitir que a cópia nos trabalhos escolares seja uma alternativa viável. E dá três dicas importantes para isso:

  • "A primeira questão que o professor deve fazer é refletir sobre o que ele propôs aos alunos e o modo como ele propôs. Aí está a raiz da questão. Se o aluno não foi convocado para ser autor-colaborador daquela atividade, ele não se sente com o compromisso de produzir nada que seja dele, ou a partir dele.” (ABRANCHES, 2008).
  • Outra questão é participar e mediar o processo de produção dos alunos (que questões, que fontes utilizaram, que dificuldades tiveram, o que facilitou ou dificultou as análises feitas etc.);
  •  Por fim, o útimo aspecto é a confrontação das produções de diferentes grupos de alunos, buscando a troca, a reflexão e a identificação dos pontos comuns e das particularidades e diferenças.
"O uso e a democratização do computador geraram uma série de novos desafios para os linguistas. A possibilidade oferecida pelo PowerPoint, de relacionar imagens, sons, textos e vídeos, representa um valioso instrumento para o processo de comunicação interpessoal." (MURANO, 2009). Desafios maiores ainda estão colocados para os professores.

Fonte: Módulo do Curso Proinfo Integrado
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL
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sábado, 16 de outubro de 2010

Blogs na educação: uso dos blogs na perspectiva construtivista


                                                                                                                              Por:Tiscar Lara

A autora do artigo conclui que os blogs têm grande potencial como ferramenta e que ajudam a implantar a metodologia construtivista. Nessa nova dinâmica, o blog pode desempenhar o papel de canal de comunicação entre o professor e o aluno. Dessa forma, os edublogs (blogs de conteúdo educativo) promovem a interação social, permitem ao aluno verificar sua própria aprendizagem e são de fácil assimilação.

No desenvolvimento da sociedade da informação, a escola deve desempenhar um papel fundamental, como o de alfabetizar os futuros cidadãos dessa sociedade. Assim, eles poderão lidar autonomamente com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e acessar a informação por conta própria. Vale ressaltar que a sociedade da informação é marcada pelo excesso de informação, e é preciso saber discernir e selecionar. Além disso, a competitividade profissional exigirá o conhecimento dessas ferramentas.

Aprender desde cedo a manejar com desenvoltura as novas tecnologias é a melhor aposta de futuro para uma sociedade. Saber utilizar os blogs responde a esta nova necessidade social, já que ajuda a administrar o excesso de informações e a ele dar sentido, além de responder às necessidades de formação contínua e a distancia.

No entanto, sua mera utilização nada garante. Tudo dependerá do enfoque, dos objetivo e da metodologia integrados ao dia-a-dia dos alunos. Este ponto é importante porque se corre o risco de lidar com as TICs regidas por critérios antigos.

Como utilizar um weblog na perspectiva construtivista?
  • O edublog é um meio próprio e particular do aluno, a ser utilizado não apenas nas aulas, mas ao longo de sua vida acadêmica.
  • O professor acompanha o aluno nesse novo espaço de liberdade.
  • Os edublogs permitem elaborar o pensamento seqüencialmente com um alto grau de controle sobre seu conteúdo, por ser facilmente modificável.
  • Sua interatividade torna-o um ponto de encontro para a comunicação, a socialização e a construção do conhecimento.
  • A identidade da pessoa que cria o blog reflete-se no título escolhido, na informação oferecida, no desenho utilizado, nos temas tratados, nos links indicados etc. Dessa forma, a identidade individual é criada pela natureza e pela qualidade da interação com o discurso e não por julgamentos do professor ou de outros alunos.
  • Facilitam o desenvolvimento de trabalhos colaborativos por meio da distribuição de funções dentro do grupo. Os alunos se sentem mais reconhecidos no projeto e com mais autonomia.
  • O professor deixa de ser o único destinatário dos trabalhos e o aluno passa a ser mais um entre os que publicam na Rede, podendo ser lido por qualquer pessoa.
  • No caso da educação a distância o blog atenua o sentimento de isolamento dos sistemas de e-learning.
A professora Tíscar Lara faz considerações que precisam ser levadas em conta antes de os alunos iniciarem a criação e o desenvolvimento de seu próprio blog.
  • Conversar com o aluno sobre as responsabilidades inerentes à publicação na Internet.
  • Ser leitor de blogs e, assim, aprender indiretamente novas técnicas para melhorar o já existente.
  • Os blogs fazem parte do ecossistema completo que é a Internet, isto é, não são as únicas ferramentas existentes para favorecer o modelo construtivista.
fonte: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=649

Você é um Professor Digital???

A tecnologia evolui rapidamente...
E a escola? Como está evoluindo?
Já não basta perder o medo do computador.
É preciso mais que isso!
O professor digital deve saber usar o computador "para ele mesmo" e por extensão é capaz de usá-lo de forma produtiva com seus alunos...

HABILIDADES DE UM PROFESSOR DIGITAL:

1 -  Possuir um endereço de e-mail
2- Possuir uma página atualizada na internet
3- Participar ativamente de "grupos de discussão"
4- Possuir algum programa de troca de mensagens on-line, com colegas de profissão na lista de contatos
5- Assinar algum periódico on-line sobre educação e lê-lo regularmente
6- Preparar as aulas usando os programas de edição de textos, imagens, etc...
7 - Fazer pesquisas na internet regularmente e selecionar os sites mais úteis
8 - Preparar aulas que utilizem a sala de informática não somente para "matar o tempo"
9- Manter o contato com o computador, pelo menos uma hora por dia
10- Manter-se atento para novas possibilidades de uso das tecnologias
Note que na lista acima não foi incluída em nenhum item a necessidade de possuir um computador, porque de fato não é preciso possuir algum para ser um professor digital, ou mesmo para incluir-se digitalmente.

As habilidades envolvem:
- O fazer
-O agir
A inclusão efetiva do professor no mundo digital

Faça o teste!
Some pontos para cada item da lista que se aplicar a você. Caso você some mais que cinco pontos, já pode se considerar como parte da vanguarda dos PROFESSORES DIGITAIS!!

Fonte: http://educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_informatica_principal&id_inf_escola=728

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Hã...??? é Spam!!!


O termo Spam, abreviação em inglês de “spiced ham” (presunto condimentado e enlatado muito comum nos EUA e Inglaterra, este tipo de comida era considerado de baixa qualidade),  hoje é uma mensagem eletrônico não-solicitada enviada em massa.

Na sua forma mais popular, um spam consiste numa mensagem de correio eletrônico com fins publicitários. O termo spam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens enviadas por outros meios e em outras situações até modestas. Geralmente os spams têm caráter apelativo e na grande maioria das vezes são incômodos e inconvenientes.

Esse lixo é produzido porque muitas pessoas utilizam da maior vantagem do e-mail, o de mandar uma mesma mensagem para muitas pessoas. Há até um comércio na Internet de grandes listas de e-mails válidos, que algumas pessoas conseguem juntar. “Este tipo de mensagem causa muitos prejuízos e algumas fontes chegam a mencionar cifras bilionárias ao contabilizar os gastos com esta praga eletrônica.” (CAMARGO, 2008).

Para se proteger destes golpes, veja alguns cuidados adaptados daqueles indicados por Camargo (2008):

  • Nunca responda spams, se você fizer isso estará apenas confirmando a existência do seu e-mail, desta forma será alvo certo de lixo eletrônico.
  • Tome cuidado principalmente com mensagens enviadas por:
    - agências governamentais: “Seu CPF está bloqueado, clique aqui para regularizar sua situação”;
    - bancos: “Estamos procedendo um novo cadastramento, clique aqui e acesse a página para entrada de dados”;
    - serviços de proteção ao crédito: “Seu crédito está bloqueado, clique aqui para conhecer o processo...”;
    - um(a) amigo(a) ou apaixonado(a) desconhecido(a): “Fulano(a) enviou um cartão para você, clique aqui para ler o seu cartão”; “Não me esqueci de você, clique aqui para ver a nossa foto”.
  • Nunca clique aqui!, desconfie sempre. Ao clicar você estará possibilitando que algum vírus se instale, ou que seus dados sejam fisgados. Lembre-se, agências governamentais, ou empresas que lidam com grandes parcelas da população, têm como regra não usar o e-mail, justamente para proteger os cidadãos deste tipo de trapaça.
  • Preserve seu e-mail. Só o forneça para pessoas confiáveis.
  • Use “Cópia Oculta” ao enviar e-mails a muitos contatos. Esta é uma maneira de evitar que seu e-mail circule pela rede caso seu destinatário encaminhe a mensagem que você enviou, principalmente naqueles e-mails do tipo corrente.
  • Utilize os filtros antispam do seu provedor. No Gmail, há uma opção de configuração chamada filtro, que pode ser usada para excluir imediatamente mensagens que contenham determinadas palavras, ou que tenham sido enviadas por determinado endereço. Vale a pena aprender a usar.
  • Não dê continuidade aos e-mails do tipo corrente (aqueles que você deve mandar imediatamente para dez outros amigos), porque esses são boas fontes de captação de listas de endereços pelos spammers (os que gostam de enviar spams).
fonte: Módulo, Guia do cursista (INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL)

Netiqueta: Etiqueta também faz parte no mundo virtual

Netiqueta é uma etiqueta que se recomenda observar na internet. A palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo inglês net (que significa "rede") e o termo "etiqueta" (conjunto de normas de conduta sociais). Trata-se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via internet, especialmente em e-mails, chats, listas de discussão, etc. Serve, também, para regrar condutas em situações específicas (por exemplo, ao colocar-se a resenha de um livro na internet, informar que naquele texto existem spoilers; citar nome do site, do autor de um texto transcrito, etc).

Atente para o fato de que estas regras de etiqueta aplicadas à internet não são oficiais, nem estão documentadas em nenhum lugar. A compilação de normas abaixo está sendo escrita e expandida de forma colaborativa e voluntária, pelos próprios usuários da Internet.

Veja a lista abaixo:
  •  Seja cuidadoso com o que fala para e sobre os outros – a comunicação na rede dáse por escrito e normalmente fica registrada, então é preciso cuidar muito mais com o que se diz. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. Boa educação e diplomacia são a regra geral.
  • Seja claro, breve e objetivo – as pessoas recebem muitos e-mails e têm poucotempo para ler tudo.
  • Use termos adequados no campo assunto. Pelo mesmo motivo acima, assim você permite que a pessoa decida se quer ou não ler a sua mensagem ou mesmo ajuda a organizar melhor a sua correspondência eletrônica. Devem ser usados termos que indiquem corretamente qual é o conteúdo da mensagem.
  •  Use um formato adequado – cuidados na formatação do texto sempre facilitam a leitura e a compreensão. Use negritos, espaçamento, alinhamento etc.
  • Respeite direitos autorais (copyright).
  • Não divulgue propaganda pela rede.
  • Respeite a privacidade dos outros.
  • Fale, não GRITE! ESCREVER USANDO SOMENTE LETRAS MAIÚSCULAS FAZ IMAGINAR QUE O AUTOR ESTÁ FALANDO EM VOZ ALTA OU GRITANDO.
  • Sorria :-); pisque ;-); chore &-(. Mas só com os amigos! Com seu chefe, nem pensar! Os emoticons (ou smileys) representam nosso estado de ânimo.
  •  Não deixe de participar quando tiver algo a dizer, e não diga só por dizer.
  • Responda as mensagens recebidas.
  • Se o conteúdo de sua mensagem for estritamente pessoal e particular, use o correio eletrônico para comunicar-se diretamente com seu interlocutor.
  •  Quando mencionar outra mensagem, faça um breve resumo para reavivar a mensagem original na memória do leitor. Pode copiar pequenos trechos, mas não a mensagem toda.
  • Em listas de discussão, leia toda a discussão antes de enviar mensagem, pois alguém já pode ter dito o que você quer dizer.
  • Não envie respostas particulares para as listas de discussão. Se quiser responder para o autor da mensagem em uma lista de discussão, cuide que ao clicar em RESPONDER, o endereço será o da lista.
  • Sempre peça permissão para repassar mensagens com conteúdo privado, respeitando a privacidade dos outros e não esquecendo de mencionar a origem da informação.
Quer ler mais sobre Netiqueta??
acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta
http://www.icmc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.html

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Wikipédia


A Wikipédia é uma enciclopédia multilíngue online livre colaborativa, ou seja, escrita internacionalmente por várias pessoas comuns de diversas regiões do mundo, todas elas voluntárias. Por ser livre, entende-se que qualquer artigo dessa obra pode ser transcrito, modificado e ampliado, desde que preservados os direitos de cópia e modificações, visto que o conteúdo da Wikipédia está sob a licença. Criada em 15 de janeiro de 2001, a Wikipédia baseia-se no sistema wiki (do havaiano wiki-wiki = "rápido", "veloz", "célere").
O modelo wiki é uma rede de páginas web contendo as mais diversas informações, que podem ser modificadas e ampliadas por qualquer pessoa através de navegadores comuns, tais como o Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox, Netscape, Opera, Safari, ou outro qualquer programa capaz de ler páginas em HTML e imagens. Este é o fator que distingue a Wikipédia de todas as outras enciclopédias: qualquer pessoa com o acesso à Internet pode modificar qualquer artigo, e cada leitor é potencial colaborador do projeto.
Muita gente se questiona sobre a credibilidade das informações da Wikipédia. Como dar crédito para um conteúdo escrito anônima e coletivamente? Na verdade, o assunto é sério e sobre ele já foram feitos estudos importantes, o mais significativo e recente deles foi encomendado pela revista Nature. Nesse estudo fez-se uma comparação entre a Wikipédia e a enciclopédia Britânicia. Os resultados foram surpreendentes! Veja o relato na notícia da agência da Fapesp no endereço: http://www.agencia.fapesp.br/materia/4819/noticias/wikiPédia-versus-britanica.htm
[Para tirar a questão a limpo, a revista Nature convidou um grupo de cientistas para comparar os tópicos científicos da Wikipedia com os da tradicional Enciclopédia Britânica, publicada desde o século 18.
A revista destaca que a principal característica da Wikipedia, a da participação dos usuários, é justamente o que contribui para a melhoria na exatidão das informações. As dúvidas em relação ao conteúdo são resolvidas a partir da discussão entre os próprios usuários. Qualquer um pode editar um tópico, mas, se outros usuários acharem que foi escrito alguma besteira, os ajustes serão feitos.
O resultado da comparação não surpreendeu Wales, que preside a organização que mantém a enciclopédia livre, a Fundação Wikimedia, com sede em St. Petersburg, na Flórida. "Isso mostra o potencial da Wikipedia", diz Wales. "Nosso objetivo é atingir uma qualidade como a da Britânica, ou melhor." ]
Outro exemplo de como a Wikipédia é levada a sério é o modo como algumas instituições científicas estão dela participando. Veja esta notícia no Blog dedicado à história e à compreensão das ciências, mantido por membros do CEHFCi (Centro de estudos de História e Filosofia da Ciências) de Portugual: http://viridarium.blogspot.com/2006/02/contedos-apelo-colaborao-na-wikipdia.html
[Algumas observações pertinentes sobre a Wikipédia:
1. Sobre o conteúdo. O conteúdo da Wikipédia depende dos colaboradores. Dadas as suas características (os contributos podem ser livremente modificados e só são assinados no log do histórico das revisões), é compreensível que os investigadores não se sintam atraídos a escrever artigos de propósito para a Wikipédia. Contudo, nada os impede de adaptar e resumir textos anteriormente publicados, em papel ou na Net. Se os textos são da nossa autoria, somos livres de os editar para a publicação na Wikipédia. O log do histórico e uma citação da nossa fonte na bibliografia e/ou nos links do artigo é o bastante para defender a autoria (não a propriedade) intelectual. É um esforço mínimo, com largos resultados.
2. Para além do conteúdo. A participação no projeto da Wikipédia é (para todos, incluindo nós próprios) não só uma experiência de conhecimento e de comunicação, mas também de cidadania, de respeito pelos outros, de tolerância, de empenhamento e de colaboração num contexto inter-(cultural e nacional), que vale por si só como uma importante ferramenta de ensino e de formação. O envolvimento, ativo e acompanhado, de alunos de pré e pós-graduação neste projeto pode constituir uma importante ação formativa. Aquilo que poderia parecer um ponto fraco do projeto (a livre edição) torna-se aqui um ponto forte. A correção de artigos existentes e a redação de novos artigos, a sua discussão com professores e orientadores e a subsequente reedição na Wikipédia, são tarefas formativas dinâmicas, onde o estudante sente que está a fazer algo útil, produtivo, sujeito ao escrutínio público e com consequências.
3. A experiência. A metodologia (e a tecnologia) subjacente à Wikipédia pode ser aplicada a outros projetos. Estou a pensar concretamente na sua aplicação em contextos temáticos e com grupos de autores mais restritos: Uma enciclopédia temática redigida por um grupo de colaboração composto por especialistas numa dada área, em que só entram novos membros através do convite de um ou mais dos participantes. Uma experiência dinâmica de produção e validação de conhecimento através de um processo permanente de revisão e crítica entre pares.]
A utilização deste recurso na sala de aula gera algumas opiniões muito divergentes, pois a questão é mesmo polêmica, mas para você professor: Vamos perguntar como poderíamos ou deveríamos usar a Wikipédia com os nossos alunos? Deixe seu comentário.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O computador vai substituir o professor?

O diálogo que vou propor nesta coluna é sobre a escola. Acho que precisamos conversar sobre isso. A Internet está trazendo consigo um novo modelo de educação, uma forma diferente de aprendizagem, e precisamos entendê-lo, apropriar-nos disso, ser protagonistas da mudança.

Precisamos conversar principalmente porque a existência dessa grande rede nos faz pensar na escola que temos, ainda tão fechada, limitada, desconectada do mundo, da vida do aluno; ainda tão distante da realidade de imagens, sons, cores e palavras em hipermídia que constitui a nossa vida hoje.

Precisamos conversar sobre nossos sonhos para a escola, pois, se vocês não sabem, há séculos nós, pedagogos, acumulamos sonhos sobre a sala de aula. Ivan Illich sonhava com uma educação que não fosse limitada às instituições, que formalizam tudo. Jean-Jacques Rousseau pensava numa escola que não corrompesse o homem, deixando simplesmente vir à tona o que temos de melhor. Jean Piaget queria que os níveis mentais fossem respeitados, sem pular etapas, para que não tivéssemos que aprender aos saltos, ou decorar o que não entendemos. Freinet sonhava com uma escola que permitisse o prazer, a aprendizagem agradável e divertida. Paulo Freire sonhava com um lugar em que o saber do aluno fosse valorizado, onde a relação vivida nas aulas fosse o ponto de partida para uma grande transformação do mundo. Goleman escreve sobre uma escola que permita desenvolver o lado emocional, que tenha espaço para as artes, a música, as coisas que, enfim, nos fazem mais humanos.

Mas não soubemos concretizar muitos desses sonhos. Talvez ainda não tivemos tempo, porque era preciso primeiro preparar aulas, corrigir provas, anotar no quadro e nos cadernos tantas e tantas explicações.
De repente a tecnologia entra na escola e nos obriga a recuperar tudo isso. A presença da máquina leva todo professor a se perguntar: como é a minha aula? Do que decorre: será que o professor vai ser substituído pelo computador? E sabemos que a resposta é sim, não temos a menor dúvida. Explico: é que o pior de nós vai ser substituído.

A nossa pior aula, o lado repetitivo, burocrático e por vezes até acomodado da escola, esse vamos deixar para o computador. Ele saberá transformar nossas exposições maçantes em aulas multimídia interativas, em hipertextos fascinantes, em telas coloridas e interfaces amigáveis preparadas para a construção do saber. Então poderemos, finalmente, ficar com a melhor parte, aquela para a qual  não nos sobrava tempo, porque pensávamos que devíamos transmitir conhecimentos.

Vamos receber de herança os sonhos de todas as outras gerações, redimi-las realizando tudo o que não puderam conhecer. Agora sim, está em nossas mãos a derrubada dos muros para fazer conexões com o mundo, a criação do espaço para a arte e a poesia, o tempo para o diálogo amigo, o trabalho cooperativo, a discussão coletiva, a partilha dos sentidos. Está em nossas mãos a construção de uma escola mais feliz, feita por mestres e alunos que saibam, juntos, propor links e janelas para a sala de aula, onde aprender não seja uma tarefa árdua e penosa, mas sim uma aventura. Então será preciso que cada mestre se despeça da figura de professor transmissor de conteúdos que há em si mesmo, e que os alunos abandonem seu papel de receptores passivos. Isso é o pior de todos nós, não nos daremos mais a conhecer assim.

Vamos tentar construir juntos algo novo. É claro que nós, professores, vamos precisar de ajuda: os alunos saberão nos dizer como fazer. Será que eles aceitam ser nossos mestres? Acho que sim, é só por este próximo milênio. Nessa nova sala de aula, na verdade todos serão mestres.

E, curiosamente, a gente vai aprender como nunca.

Andrea Cecília Ramal (Módulo: Introdução à Educação Digital, Guia do cursista, pag. 166)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ao mestre com Carinho


Ser transmissor de verdades,
De inverdades...
Ser cultivador de amor,
De amizades.
Ser convicto de acertos,
De erros.
Ser construtor de seres,
De vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por emoção.
De sentimentos profundos,
Que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer,
Que guarda no coração, o pesar
De valores essenciais
Para a felicidade dos “seus”.
Ser conquistador de almas.
Ser lutador,
Que enfrenta agruras,
Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
Buscando se auto-realizar,
Atingir sua plenitude humana.
Possuidor de potencialidades.
Da fraqueza, sempre surge a força
Fazendo-o guerreiro.
Ser de incalculável sabedoria,
Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
É...
Esse é o valor de ser educador.